“Forró: o corpo não mente” é uma imersão no universo do forró, com olhar único sobre as pistas de dança paulistanas. Deborah nos leva a um salão literário onde os sentidos se misturam: cores, sons, texturas e aromas, tudo em sintonia com o ritmo envolvente do forró.

A escritora havia testemunhado, na juventude, a revolução cultural que significou o surgimento do forró universitário na virada do Século XX em São Paulo. Entendeu que essa história precisava ser contada, transporta para a literatura. A partir do convite de Toshio Yamasaki, começou a escrever crônicas para o site Forró Fonte de Felicidade. Rapidamente, as crônicas forrozeiras se tornaram parte da vida forrozeira paulistana, suscitando temas divertidos e, ora, polêmicos, “O forró é tão maleável que foi acomodando novas tendências da sociedade, como o questionamento da heteronormatividade na dança.”

O forró segue vencendo preconceitos, dessa vez no campo da literatura. Muitos podem se surpreender com um livro de crônicas inspirado no gênero dançante, mas, como o mestre das crônicas Mário Prata anuncia no prefácio do livro, “Quando li a primeira crônica – e pasmei! – Pensei que ela havia esgotado toda a sua cultura – nada acadêmica – sobre o tema. E é aí que o fenômeno literário que você está pra ler resiste. Sim, fenômeno! Além do primeiro texto, são vinte pedaços de forró. Em cada um, acredite, um olhar diferente, um tema mais inusitado do que o outro.”

Embalada pelo ritmo, leva os leitores para este universo por meio de 20 crônicas “forrozeiras”. Em cada uma, um olhar diferente, inusitado e contagiante sobre o tema. Deborah esbanja nas descrições, explora todos os sentidos, tanto das personagens quanto dos leitores: cores, texturas, aromas ou mesmo odores, temperaturas, sons… tudo rodopia e enebria neste curioso salão que se torna o livro. Junte-se e deixe-se levar pelo ritmo fluido do livro.

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